segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Entrevista com Gilberto Barreto O CODA

 *ENTREVISTA COM O CANDIDATO À VEREADOR

 GILBERTO BARRETO   O CODA - 33555* 

 

 1- QUEM É GILBERTO BARRETO, O CODA? 

Sou filho de pais surdos e por isso me chamam de CODA, que é uma sigla em inglês usada para denominar os “filhos ouvintes de pais surdos”

Como meu pai e minha mãe eram surdos, minha primeira língua foi LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. 

 2- Por que surgiu a bandeira da INCLUSÃO PARA TODOS? 

Com meus pais aprendi a lutar por respeito e igualdade e através deles percebi o quanto nossa sociedade trabalha pouco a inclusão, não só dos deficientes físicos, mas também dos jovens, dos idosos e dos desassistidos.

Comecei a trabalhar aos 13 anos e precisei derrubar muitas barreiras para conseguir me formar em Administração de Empresa, com pós-graduação em direito tributário público, gestão de empresas e recursos humanos, além de especialização em Libras.

É justamente por conhecer a realidade dos deficientes e dos mais humildes que busco uma sociedade mais justa e com mais oportunidades no meu Município.

 3- Seu foco é somente na inclusão dos surdos e outros PcD? 

Não. Por isso que me refiro a “Inclusão para todos” que abrange também a inclusão social, que são as classes mais necessitadas.

 4- E qual é o seu projeto de Inclusão para Todos? 

Meu projeto é baseado em 2 vertentes: inclusão digital e inclusão social. Pretendo fomentar a inclusão digital e através dela propiciar a geração de emprego e renda que irá proporcionar maior inclusão social.

 5- Como fazer isso? 

Através de parcerias de universidades, governo municipal, estadual e federal e empresas privadas que permitam transformar o Município  do Rio de Janeiro no maior parque tecnológico do Brasil.

Vários estados já estão enxergando o futuro e investindo pesado na tecnologia, que hoje em dia é a área que mais cresce e da qual somos cada vez mais dependentes. 

O do Rio de Janeiro conta com importantes polos tecnológicos de excelência, como por exemplo os polos existentes na UERJ e o parque tecnológico da UFRJ. Portanto, possuímos um terreno fértil para sonhar grande e realizar.

Precisamos ampliar, concentrar e reunir empresas, universidades e o poder público (estadual, municipal e federal) em torno desse projeto de tornar mais acessível as infinitas possibilidades da área tecnológica, que hoje ainda podemos considerar uma área de ingresso restrito para a população carente e também para os PcDs.

 6- E os outros municípios do estado, como serão assistidos nesse projeto? 

Embora o vereador nao tenha essa autonomia, nada impede que, paralelo ao desenvolvimento do maior parque tecnológico do Brasil, irei trabalhar num projeto lei de incentivo e criação dos CRC – centros de recuperação de computadores – em vários municípios.

Diretamente ligado a preservação do meio ambiente e geração de recursos e renda, os CRC proporcionarão a reciclagem, montagem e reutilização de computadores considerados defasados para o parque tecnológico de grandes empresas mas que podem ser utilizados em treinamentos de introdução à área de informática, despertar e trazer conhecimentos básicos para utilização de ferramentas que promovam uma maior qualificação do trabalhador, tais como pacote office, programas de criação de vídeos, imagens etc.

Além disso, ofereceremos cursos de montagem, reciclagem, desenvolvimento de programas simples, formatação etc., bem como ambientes onde a população poderá interagir, utilizar e até trabalhar utilizando os computadores e o apoio do pessoal do CRC.

Enfim, os CRCs entregarão a sociedade computadores montados e prontos para uso com custo mínimo, quase zero, para serem doados a escolas, ongs e associações, ao mesmo tempo que oferecerão material humano de qualidade com mais capacidade para competir no mercado de trabalho.


 7- Mas o senhor não acha esse projeto grandioso demais para um vereador?

Meu projeto é baseado em iniciativas semelhantes que estão dando certo em outros estados e municípios. 

Há alguns anos trabalhando com isso, percebi o quanto é viável e importante transformar a situação atual onde a maior parte da população do nosso Estado vive excluída. Durante a pandemia, essa necessidade mostrou-se imperiosa. Nunca precisamos tanto estar conectados e inseridos no DIGITAL. Sem qualquer incentivo do governo estadual, consegui reciclar, montar e distribuir 1700 computadores em 2020 para várias entidades e prefeituras do RJ. Portanto, tenho certeza que eleito conseguirei fazer do RIO DE JANEIRO um lugar mais inclusivo para todos. 


 8- Tem algum projeto específico para os surdos ?

Vivenciando a dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes, vou propor projeto lei para criação de um polo de intérpretes em libras, uma central de atendimento 24h on line para chamada de vídeo que irá auxiliar a comunicação em bancos, delegacias, consultas médicas etc.

Também propor a obrigatoriedade de ensino de Libras nas escolas, uma vez que qessa é a língua oficial do Brasil. Meu objetivo é que esse projeto tenha adesão de outros estados e que no futuro possamos dizer que a língua brasileira de sinais é de fato a segunda língua de todos os brasileiros. Só assim teremos a verdadeira inclusão.

 9- Quer deixar alguma mensagem para o seu eleitor? 

O Estado do RJ está cheio de políticos ruins e despreparados, voltados apenas para seus próprios interesses. Endinheirados e com a máquina pública a seu favor, esses parasitas querem se perpetuar no poder por gerações. Vamos tirá-los de lá!!! Fiquem comigo e compartilhem ao máximo minha campanha. 

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